terça-feira, maio 13, 2025
Um adeus a Mujica
Rolo meu feed do Instagram: de cada dez fotos, oito trazem o Pepe Mujica. Decidi vir escrever pra me despedir do adorável senhor Mujica. Me deixou triste a sua partida. Escolhi uma foto dele com sua companheira de vida e de lutas políticas, a Lucía Topolansky. Lindos, idosos e lúcidos. Para eles, a vida e a política realmente eram uma coisa só, eles eram iniciados nas verdades filosóficas e sabiam que a política serve para o bem comum e para defender a vida com dignidade. Dignidade para todos, como um projeto coletivo. Fiquei lendo frases do Mujica, vendo vídeos do Mujica e penso que homens como ele não nascem todos os dias; mas felizmente vários como ele respiram sobre o planeta Terra neste exato momento. A beleza de um socialista de verdade é que ele é capaz de compartilhar o único prato de sopa que tiver em casa. Esse era o Pepe. Viveu segundo seus princípios de simplicidade e austeridade, mostrando a todos nós que a vida era muito mais que acumular riquezas e vaidades. Talvez ele foi um dos seres humanos mais decentes que já existiu por essas bandas e alhures.
quarta-feira, março 19, 2014
Tributo a Cláudia
sábado, junho 22, 2013
terça-feira, março 15, 2011
Gentileza masculina
Fico indignada com como os homens mais jovens não aprenderam, ou não colocaram em prática nunca, ou se esqueceram, ou ignoram, ou desprezam, ou não acham digno de si ser gentis. Talvez não se trate apenas da falta de gentileza com as mulheres, mas, sim, com os outros homens também. E qual é a razão para tal falha imperdoável? A falta de civilidade que se vulgarizou em todos os lugares? A pressa para existir real e virtualmente? A banalização das relações interpessoais? O que são valores considerados bons e importantes hoje em dia?
Ultimamente, tem me chocado me deparar com cenas de descortesia e até hostilidade masculinas. E não necessariamente comigo, heim? Vejo cenas ao meu redor, e me chocam! E insisto: principalmente, dos homens mais jovens. Acho que os únicos gentlemen que encontrei nas últimas semanas tinham mais de 65 anos...
Homens, por favor, saiam em defesa própria, e ajudem-me a compreender este desagradável fenômeno social! A tribuna está disponível!
sexta-feira, outubro 29, 2010
Olhares sobre as eleições - parte XXIII
É hora de tomar partido: um basta aos reacionários tucanos!
O significado de uma vitória tucana será catastrófico não só para o País, mas para o todo o território latino
25/10/2010
Roberta Traspadini
Estamos às vésperas do segundo turno. O momento atual é de intensa mobilização contra a campanha tucana em todo o País. É importante que assim seja. Caso contrário, corremos o risco de não aproveitar essa oportunidade histórica para ler, incidir, dialogar entre nós classe trabalhadora, sobre o que vemos, e porque vemos a disputa da forma que vemos.
O significado de uma vitória tucana será catastrófico não só para o País, mas para o todo o território latino.
Para nós, classe que vive do trabalho, o momento é de estarmos nas ruas, nas células organizadas, discutindo o que se quer para além do que se tem, e os riscos manifestos com as apostas que podem ser feitas no curto prazo.
Todo projeto tem por trás uma concepção de mundo que relata sua forma e seu conteúdo de poder. Vejamos as bases conceituais dos tucanos.
1. O projeto de nação do PSDB
O projeto de Nação do PSDB, cujos principais intelectuais orgânicos são Fernando Henrique Cardoso e José Serra, é o de modernização atrelada ao que de mais avançado há no capitalismo em sua fase imperialista.
Para estes ideólogos da concepção de desenvolvimento como interdependência entre capitais, uma nação moderna é aquela conectada aos avanços técnico científicos promovidos pelos capitais protagonistas, independentemente da nacionalidade destes capitais.
As teses deste grupo são forjadas na seguinte concepção: existência de uma burguesia nacional conservadora que atrofia o pacto federalista para o desenvolvimento capitalista. Logo, necessita ser estimulada, movimentada, ou destruída pela concorrência com os grandes capitais investidores internacionais, sejam produtivos ou financeiros.
Para este grupo, a única forma de avançar no capitalismo imperialista, é permitir, via tomada do poder do Estado, um tipo de ação governamental que viabilize aquisições, fusões, privatizações, desestatizações, quebra de regulações e políticas macroeconômicas que impeçam a livre movimentação do capital (inter)nacional.
Para estes sujeitos a era global se caracteriza como a de livre mobilidade do capital que deve ser vista como uma oportunidade histórica para as economias retardatárias no processo de desenvolvimento capitalista.
2. A execução do poder
Na prática do poder, esta tese evidencia a relevância para o capital internacional de um Estado parceiro, aberto às coligações produtivas e infra-estruturais no processo de inovação tecnológica puxado pelas grandes corporações.
Com o aval do partido e de seus representantes eleitos, este capital moderno ocupa o que é do Estado e governa a sociedade e os territórios, pela constituição federal soberanos, a partir da busca pela valorização de seu negócio para além das fronteiras nacionais.
Este capital moderno, cujas sedes das principais empresas estão nos Estados Unidos, tem projetado nos últimos 40 anos para América Latina um novo momento de apropriação dos recursos naturais, energéticos e das riquezas criativas da população, no que podemos caracterizar a renovada fase das veias abertas da América Latina.
A meta principal é a apropriação privada dos americanos e seus pares, de tudo o que pertence ao Estado Nacional latino-americano e mundial, como guardião, republicano, dos interesses das sociedades que ocupam.
Estamos falando de um novo estágio da guerra, em que a leitura da correlação de forças no continente nos exige com urgência frear qualquer proposta de apropriação imediata do roubo dos territórios e vidas por parte dos capitais imperialistas hegemônicos, com a chancela do Estado nacional brasileiro.
Uma vitória de Serra representa um avanço sem precedentes no continente latino-americano daquilo que o PSDB, via sua adesão consensual a Washington, não conseguiu realizar por completo nos 10 anos de mando direto dentro do Governo Federal (oito de Fernando Henrique como Presidente e dois anos dele como Ministro do Governo Itamar).
A prévia eleitoral de uma possível vitória de Serra evidencia o aberto processo de conflitos, de guerra, criminalização dos movimentos e sujeitos, logo, a ampliação de um processo de perseguição e de construção no imaginário coletivo da sociedade brasileira sobre os criminosos, os crimes e o tipo de criminalidade.
Estamos falando da opção política concreta que os EUA esperam para assumir a ofensiva sobre o continente a partir da conquista do Estado brasileiro no próximo governo, assim como fazem com Chile, Colômbia e México, citando os governos coligados mais avançados nos pactos capitalistas imperialistas atuais.
3. As tarefas deste momento histórico
O que está em jogo não é a medida socialista ou capitalista da disputa e sim a forma como se vê a ampliação da soberania brasileira e o conteúdo de sua relação com o continente a partir dos dois projetos que se colocam em disputa.
No plano capitalista selvagem, não é possível a permissão representativa de que os tucanos subam a serra do poder legitimados socialmente por mais 4, para executar um processo claro de barbárie social.
Caso isto ocorra, a degradação do pouco que se conseguiu reconstruir no após queda do muro de Berlim no País será avassaladora para dentro e para fora das fronteiras nacionais. Mesmo que na aparência ocorram políticas sociais que ocultem a real entrega das riquezas de nossos territórios à Nação hegemônica.
São tempos difíceis. Tempos de um posicionamento que pode parecer contraditório mas que evidencia, na correlação de força deste momento, os pesos sobre a classe trabalhadora de uma opção reacionária para os próximos 4 anos.
São tempos que nos obrigam a estar nas ruas dialogando com nossos pares, os trabalhadores, ouvindo suas opiniões e tirando daí uma boa reflexão sobre os responsáveis pela formação de suas consciências na atualidade.
Isto é fundamental na construção da representatividade no poder, uma vez que a educação oral formaliza a estrutura do pensar protagonizada pela indústria cultural capitalista hegemônica no país, no continente e no mundo.
Nossa principal tarefa é debater com a parcela da sociedade que nos interessa, o que perderemos caso se consolide uma vitória reacionária tucana.
Para isto é importante que nossos materiais de agitação e propaganda e nossos instrumentos de diálogo com a sociedade estejam a serviço desta intencionalidade de classe. A edição especial do Brasil de fato e as cartas dos movimentos sociais do campo nos dão estes elementos.
A tarefa apenas começou. O mais importante vem depois, com uma vitória do PT. Aí o debate será de outra natureza: reivindicar, exigir, construir, cobrar um rumo diferente para a política de governo do Brasil. É verdadeiramente uma campanha com voto crítico que requer ser escutado agora, mas construído de fato depois das eleições.
A tarefa maior está para além do poder institucional a ser tensionado: teremos que retomar abertamente a reconstrução da unidade da esquerda, com o objetivo de construirmos e disputarmos o poder com base em um projeto popular, que realmente nos represente como trabalhadores brasileiros e latino-americanos.
Olhares sobre as eleições - parte XXII
Olha, estou de saco cheio do machismo do José Serra! As falas carregadas de viés de gênero, preconceituosas e que tratam a mulher como objeto me deixam indignadíssima! Não bastasse ter declarado num culto evangélico seu não-apoio à votação da lei contra a homofobia, agora mais uma das suas me deixa perplexa: num gesto convulsivo de quem já vai dar os últimos suspiros, ele pede "às moças bonitas que consigam votos junto a seus pretendentes"... Ah, Serra, nota-se o seu desespero diante da chegada do dia 31. E fica claro que em busca de alimentar a sua vaidade e seu desejo por poder, ele usa qualquer argumento, não se preocupando com a opinião pública a seu respeito: e o que acontece? Perde mais votos! Sujeitinho detestável...
Veja a matéria sobre o fato:
Mulheres reagem a pedido de Serra para convencer pretendentes
28/10/2010 21:04, Por Redação, do Rio de Janeiro
O candidato tucano, José Serra, gerou uma nova onda de protestos na internet, no início da noite desta quinta-feira, por parte das mulheres que se sentiram ofendidas com o pedido do candidato, feito no encerramento do discurso em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para uma plateia de cabos eleitorais e convidados. Ele apelou para que para as “meninas bonitas” busquem convencer os seus pretendentes masculinos a votar nele, principalmente na internet.
– Quero me concentrar agora no que vamos fazer até domingo. Temos que não apenas votar, temos que ganhar voto de quem está indeciso, voto de quem não está ainda muito decidido do outro lado – argumentou o candidato.
Segundo o candidato tucano, mulheres bonitas têm mais condições de cabalar votos para a aliança da direita.
– Se é menina bonita, tem que ganhar 15 (votos). É muito simples: faz a lista de pretendentes e manda e-mail dizendo que vai ter mais chance quem votar no 45 – completou.
A proposta caiu mal para as mulheres brasileiras que, no Twitter, alçaram o primeiro lugar nos trends (assuntos mais debatidos nas redes sociais) nacionais e terceiro lugar, em nível mundial, com as mensagens de protesto contra o candidato.
“Sou mineira e bonita, mas não tenho tenho vocação pra trabalho de bordel”, escreveu @fiz_mesmo, seguida de @velvetinha: “Credo, o Serra é antigo, que ideia mais triste, gente. Ele imagina as meninas coqueteando para ganhar votos. Perai, vou ali vomitar”.
Os protestos foram rastreados pela tag #serracafetao, que chegou ao terceiro lugar em nível mundial, no início da noite. O internauta @emrsn ponderou que “por muito menos o Ciro foi mega desacreditado pela imprensa”, e @purafor pergunta se esta seria uma proposta do candidato para se criar “um bordel a nível nacional”. Enquanto isso, @rodrigonc, que não deve passar dos 14 anos, aproveita para entrar na discussão, “só avisando às meninas bonitas do Twitter: podem me mandar DM (mensagem direta, na tradução do inglês) que a gente já pode negociar esse voto”.
O internauta @luisfelipesilva acirra o debate ao constatar que “não tem profissão mais ingrata do que ser marketeiro do Serra, haja gafe…”, mas coube à internauta @alessandra_st colocar o tom do protesto: “Serra desvaloriza a mulher e subestima eleitorado feminino em MG”, concluiu.
quarta-feira, outubro 27, 2010
Olhares sobre as eleições - parte XX
Dilma se mantém à frente de Serra até em pesquisa encomendada por tucanos
26/10/2010 22:08, Por Redação, do Rio de Janeiro e São Paulo
Enquanto a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, mantém a vantagem, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira, para o adversário tucano, José Serra, este lança mão de estudo pago ao Instituto GPP, ao custo de R$ 160 mil, para apontar uma distância menor entre um e outro. De acordo com o levantamento do Datafolha, a petista assegura 56% dos votos válidos (que excluem brancos, nulos e indecisos) contra 44% de José Serra (PSDB). Os números em votos válidos são os mesmos registrados na pesquisa anterior, realizada no dia 21.
Já no total de intenções de voto, a oscilação foi pequena. Dilma passou de 50% a 49% e Serra foi de 40% a 38%. 5% afirmaram que pretendem votar em branco ou nulo, enquanto 8% dizem estar indecisos. No Sudeste, Serra caiu três pontos percentuais, a maior parte deles em Minas Gerais, e registra 40%, contra 44% de Dilma. No Sul, ele ainda lidera, por apenas três pontos, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. No Nordeste, a diferença continua em 64% a 27%.
A pesquisa foi realizada no dia 26 de outubro com 4066 eleitores em 246 municípios em todos os Estados do País e está registrada no TSE sob o protocolo 37404/2010. A pesquisa foi contratada pela TV Globo e pelo diário conservador paulistano Folha de S.Paulo.
Pesquisa encomendada
Diante da debandada de aliados, que se acentuou nesta terça-feira com o abandono de um grupo de prefeitos baianos que, impressionados com pesquisas que apontam vitória de Dilma, começaram a se desvincular de Serra, o candidato tucano recebeu do governador eleito do Paraná, Beto Richa, a dica para divulgar uma pesquisa de opinião que fosse mais simpática à causa da direita. A campanha de Richa, no primeiro turno, obteve uma série de liminares, na Justiça, para censurar sucessivas pesquisas que mostravam o avanço do adversário de Richa, Osmar Dias (PDT).
Richa, em conversa com Serra, chegou a considerar a hipótese de tentar segurar, no Tribunal Superior Eleitoral, a divulgação de pesquisas na reta final da eleição para o segundo turno, mas o adversário de Dilma pensou duas vezes e descartou o viés judicialista. Surgiu, então, a ideia de buscar números mais favoráveis ao tucano. Para isso, a oposição recorreu ao desconhecido instituto GPP, fundado em 1991, e que atua preferencialmente no ramo de pesquisas empresariais, ligado ao ex-prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM).
Para que pudesse ser divulgada, a pesquisa do GPP precisou ser registrada na Justiça Eleitoral até para, no futuro, servir de prova em um possível processo contra o PSDB, que setores da campanha petista já consideram viável, por tentativa de condução do eleitorado a erro. O registro foi feito em nome do próprio candidadto a vice na chapa de Serra, deputado Índio da Costa (DEM-RJ), de quem foi a sugestão para divulgar uma pesquisa interna, realizada entre os dias 23 e 25 deste mês. Segundo o levantamento, contando apenas os votos válidos, Dilma Rousseff (PT) teria 53,1% contra 46,8% de José Serra (PSDB). A margem de erro é de 1,8 ponto para mais ou para menos. A pesquisa foi protocolada no TSE com o número 37219/2010.
Olhares sobre as eleições - parte XIX
26/10/2010 - 08:23hGrupo da USP exorta esquerda a apoiar Dilma
Patrícia Campos Mello – O Estado de S.Paulo
Uma semana depois do manifesto de artistas no Rio em apoio à candidatura de Dilma Rousseff, um grupo de intelectuais da Universidade de São Paulo realizou um ato a favor da petista. Liderados pela filósofa Marilena Chauí e pelo historiador Alfredo Bosi, os intelectuais exortaram a esquerda a se unir em torno da candidatura Dilma, depois de alguns terem votado em Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) no primeiro turno.
“O (José) Serra trouxe pela porta da frente o Opus Dei e a TFP (Tradição Família e Propriedade), que foram os grandes feitores da ditadura – essa é um afronta à nossa memória”, disse Marilena. “Estamos votando no futuro deste país e para proposta socialista alcançar o Brasil, a América Latina e a Europa.”
Diante dos cerca de 2 mil estudantes ali reunidos, Marilena fez uma advertência: ela conclamou todos a usarem a internet, blogs e redes sociais para alertar para o plano dos tucanos de se disfarçarem de petistas e incitarem a violência em um comício de Serra, no dia 29. “Tucanos disfarçados com camisetas e bandeiras do PT vão se infiltrar em um comício do Serra para “tirar sangue” e “culpar o PT”, afirmou a filósofa, que se recusou a dar entrevista, dizendo que “não fala com a mídia”. “Eles querem reeditar o caso Abílio Diniz”, disse Marilena, referindo-se à tentativa de ligar ao PT o sequestro do empresário Abílio Diniz, às vésperas da eleição de 1989.
A historiadora Laura de Mello e Souza, filha de Antonio Cândido, leu uma carta do pai declarando voto em Dilma Rousseff. Também participou o senador Eduardo Suplicy. Militantes distribuíam bandeiras e buttons de Dilma e do PT, além de adesivos com os dizeres: “Sou privatizado, Serra nunca mais.”
Os intelectuais reunidos na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP não economizaram críticas contra Serra, Fernando Henrique e a grande imprensa. “Precisamos evitar o pior: um candidato que para conseguir chegar ao segundo turno fez uma aliança com a ala mais reacionária da Igreja, o agronegócio e a fina flor do pensamento conservador – ou seja, o que o Brasil tem de pior”, disse o filósofo Vladimir Safatle. “Esta eleição demonstrou que há um eleitorado de direita forte e presente, nossa luta vai ser longa.”
Um cartaz bem atrás da mesa dos intelectuais, conclamava os estudantes a anular o voto: “Mal Menor PT e PSDB com suas diferenças estão juntos contra os trabalhadores, a juventude e a educação – Vote Nulo! Liga Estratégica Revolucionária.”
A socióloga Heloísa Fernandes, filha de Florestan, pediu que as pessoas não anulem seus votos. “Se vivo fosse, meu pai estaria aqui no meu lugar”, disse ela, sobre Florestan, que foi uma das grandes influências do ex-presidente Fernando Henrique. “No primeiro turno eu apoiei o Plínio (PSOL), agora, no segundo turno, discordo e não acho que tudo seja farinha do mesmo saco, Dilma e Serra representam duas concepções de mundo totalmente diferentes.”
O jurista Celso Antônio Bandeira de Mello, da PUC, alfinetou Serra , dizendo que Dilma é “uma mulher de valor que, ao contrário daquele que prega a liberdade de expressão, não foi se refugiar no exterior, enfrentou aqui as durezas da tortura.” Serra se exilou no Chile e depois nos Estados Unidos.
O jurista também foi duro contra a imprensa. “Esta última semana é crucial, temos visto as baixezas dessa campanha vil e indigna, sabemos que alguns veículos de comunicação, se é que merecem esse nome, vão rosnar e destilar ódio e acalentar a fabricação de mentiras contra a candidatura que representa o povo brasileiro.” O professor de literatura Flavio Aguiar, em uma carta enviada de Berlim, comparou Serra e os tucanos a “Hermógenes e seus asseclas”, vilões do livro Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa, que se “aliaram aos grotões das mídias oligárquicas.”
Alfredo Bosi, um dos mais aplaudidos, disse que Dilma é vítima dos “marqueteiros venais, com perdão do pleonasmo, e da imprensa marrom de papel couché, sombra das forças mais reacionárias deste país.” Aproveitou para alfinetar Fernando Henrique, falando da sua “deprimente teoria do país dependente associado, fruto de uma teoria oportunista que está sendo desmentida pela política internacional de paz que é um dos maiores méritos desse governo”. Fernando Henrique é um dos formuladores da teoria da dependência. Os intelectuais divulgaram um manifesto, assinado por cerca de 800 filósofos e estudantes de filosofia.
Outro professor de Direito, Gilberto Bercovici, da USP, debochou do incidente em que Serra foi atacado por militantes do PT com uma bolinha de papel e um rolo de adesivo. Serra “vai transformar toda nossa luta pela democracia nisto aqui” disse Bercovivi, mostrando uma bolinha de papel. O senador Eduardo Suplicy, foi recebido aos gritos de “canta! canta!” e pediu voto em Dilma.
Olhares sobre as eleições - parte XVIII

Olhares sobre as eleições - parte XVII
Olhares sobre as eleições - parte XVI
» Veja os panfletos que foram distribuídos Segundo Vandinho Dias, do site Supramax, os papéis - que também traziam fotos, nomes e números de candidatos PFL e PMDB - estavam sendo entregues por cabos eleitorais a pessoas de aparência humilde e roupas simples. "A intenção era levar os eleitores menos instruídos a votarem no Alckmin pensando ser o Lula", avalia Vandinho. A Polícia Federal recolheu parte do material que estava exposto perto de um local de votação e já realiza investigação em busca da gráfica e dos distribuidores dos santinhos. Há indícios de que esta prática também tenha ocorrido em outras regiões. O internauta Vandinho Dias, de Permanbuco, participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.
vc repórter: Santinhos trocam número de Lula
» Mande fotos e notícias e participe do vc repórter
Denunciem!!!
Desespero nas urnas engana eleitores com #Dilma45 em adesivos e tweets
A imagem que você vê acima é fruto do desespero eleitoral.
O twiteiro@SeoCruz registrou um carro com o adesivo da candidata
Dilma adulterado: ao invés da legenda 13, do PT, o picareta mudou
para a legenda do PSDB, 45.
Não pense que isso é novo. Em 2006, já na reta final do segundo
turno, diversos panfletos com a imagem de Lula continham o número
45 para confundir o eleitor. Veja aqui matéria do portal Terra, feita em
05 de outubro de 2006, denunciando a fraude. [matéria postada acima]
No Twitter a estratégia dos picaretas é a mesma com o uso da
hashtag #Dilma45 para enganar os usuários do microblog.
Use o search do Twitter e confirme a enganação digitando no
campo de busca a referida hashtag. O usuário @millorb11,
por exemplo, partiu para a canalhice de usar um twibbon e
enganar seus seguidores, incentivando outros a usarem também.
Induzir o eleitor ao erro é crime. E você pode denunciar para a Procuradoria
Geral Eleitoral pelo seguinte e-mail pge@pgr.mpf.gov.br
(In: http://contornocomdilma.blogspot.com/2010/10/denunciem.html)
Ah, esses caras acham que os eleitores são burros, é? Ah!
Mas, como diria o Lula, a surra a gente vai dar é nas urnas!
Que eles nos aguardem!!
Um abraço fraterno e viva Dilma 13!