quarta-feira, outubro 25, 2006

Notas sobre o dia (II)

Amo quartas-feiras, fato. Mas hoje foi uma quarta-feira estranhíssima. Acordei tarde, sentindo-me muito estranha, não consegui fazer muita coisa, cheguei atrasada à natação, nadei só 700 m, tive sono a tarde inteira, cheguei atrasada à terapia, fui comer acarajé com a Sandra e não dei conta de acabar o acarajé (!!! Nem eu estou entendendo nada...). Tinha planejado ir ao cinema depois da terapia, queria ver "O que vc faria?", mas furei comigo mesma, então acho que vou amanhã à tarde. Ou seja, não fui nada efetiva nessa quarta-feira. Nada. O dia acabou com uns sentimentos difíceis de elaborar, mesmo com a ajuda prestimosíssima de meus companheiros terapeutas e de todo o paideuma da Psicologia e do mundo. Ganhei um presente de um hippie, uma flor de arame, que ele fez enquanto eu pagava por um brinco e convencia a Sandra a comer um acarajé, "vamos lá, só um acarajé e um refri". Ganhei flores (rs). Hoje eu me sinto cansadíssima. Quero ir dormir cedinho, amanhã dou aulas às 7h15 da madrugada (sim, isso é verdade...) e preciso ter energia para tal aventura pedagógica. Tomei muitas decisões nos últimos dias, quero ir-me preparando para novas realizações profissionais e pessoais. Acho que tantos sentimentos, sensações, idéias e decisões me cansaram, talvez tenham me esgotado um pouco. Talvez seja a necessidade de tirar férias. Preciso viajar, preciso respirar outros ares. Eureka! Não tinha pensado nisso: faz meses que não ponho os pés na poeira da estrada, lógico que isso tá me fazendo falta! Preciso da estrada como de ar, não na mesma proporção, lógico, mas me faz muitíssimo bem dar umas fugidas da rotina de vez em quando. Ando com vontade de ir visitar a Bienal de Arte de São Paulo, tá tudo tão bonito! Vamos ver se os amigos (vide Matoso, Rosa e Ana Kátia, entre outras vítimas) animam de ir num fim de semana, e tomamos uma dose de arte e cultura na capital paulista. Preciso de Conquista também, mas para isso é preciso esperar, inevitavelmente, até o Natal, ufa! (difícil tarefa) Esse fim de semana devo dar uma fugida de Belo Horizonte, pelo menos no sábado, pois no domingo estarei a postos para votar pelo que meu amado Matoso chama de "a manutenção da constelação no céu" (uma definição tão poética da política só poderia partir dele mesmo...). Isso mesmo, Lula lá.

Hoje falei de coisas triviais, coisas "feijão-com-arroz", mas a Vida é assim. Às vezes é bom sair um pouco da Arte e vir mergulhar na vida real, que é onde a Arte se nutre para criar as coisas belas. Aliás, o que seria da Arte se não fosse a Vida, com sua exuberância toda!... Estou numa fase em que estou menos centrada em criar ficções e mais disposta a viver pra valer as coisas reais. Talvez para nutrir um pouco a minha poesia, talvez para estar mais inteira em tudo que eu for viver um dia. O que não podemos nunca é confundir o lugar de "fazedores de Arte" com o de seres humanos. Senão a gente fica se fartando de poesia e de belas cenas da sétima arte e vive superficialmente a Vida. Bem, não tenho mais nada a dizer hoje. Sinto-me exausta. Vou para os braços de Morfeu, lá serei cuidada e voltarei linda e leve para mais um capítulo dessa história.
Saudações cheias de afeto, Bioca.

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