VII
Áspero é o teu dia. E o meu também.
Inauguro ares e ilhas
Para que o teu corpo se conheça
Sobre mim, mas é áspera
Minha boca móvel de poesia,
Áspera minha noite
Porque nem sei se o canto há de chegar
No escuro labirinto que te fazes,
Nessa rede de aço que te envolve,
Nesse fechar-se enorme onde te moves.
Trabalho tua terra cada dia
E não me vês. O teu passo de ferro
Esmaga o que na noite foi minha vida.
E recomeço. E recomeço.
(HILST, Hilda. Do amor. SP: Massao Ohno Editor, 1999.)
domingo, maio 21, 2006
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