
Não estou muito animada para as eleições deste ano, mas não poderia deixar de vir expressar minha indignação sobre a mediocridade de certas práticas eleitoreiras. Já escolhi todos os meus candidatos, colei adesivos na minha pasta de trabalho, e converso com meus amigos sobre as razões que me fazem votar naqueles. Sou uma entusiasta do sufrágio universal, e isso por uma simples razão: o meu direito ao voto é um fato muito recente na história do meu país. No Brasil, as mulheres só conquistaram o direito ao voto em 1932, depois de várias décadas de luta por esse direito. Você já parou para pensar nisso?
Quando o voto facultativo para jovens de 16 e 17 anos foi aprovado, corria o ano de 1992, exatamente quando completei 16 anos. Meu aniversário foi no dia 12 de maio, e no dia 16 eu já tinha tirado o meu título de eleitor. Para mim, era uma grande conquista poder escolher os dirigentes e legisladores do meu país. E esse gosto eu ainda experimento a cada eleição, porque eu escolho pessoas que acho sérias e que têm a ver com meus ideais e minha visão de mundo. E depois da eleição, eu acompanho a trajetória dos meus candidatos no além-urnas, sim, senhor! Coisa que todo mundo também deveria fazer!
O que me deixa enojada é ver que alguns grupos e setores andam involuindo. Enquanto o Brasil caminha pra frente, esses grupinhos vão para trás. Vejo alguns atores vestindo a máscara e decorando o mesmo texto que outros do passado. Refiro-me aos escândalos fabricados para tentar derrubar a Nº 1 nas pesquisas de intenção de voto. Quem tem mais de 35 anos se lembrará do "caso" Míriam Cordeiro, senhora "contratada" pelo PRN para derrubar o Lula no segundo turno das eleições de 1989.
Vejamos: É necessária uma dose generosa de inveja, ou de amargura, ou de mala leche, ou outra coisa do gênero para aceitar vir a público falar mal de alguém com quem você dormiu algum dia. Uma pessoa de bem não faz isso. Uma pessoa decente não fala mal de um ex-amor (se é que foi amor mesmo algum dia) por aí. A não ser que ele ou ela tenha interesses excusos nessa difamação, a não ser que ele ou ela lucre com a má fama. Lucre?? Sim.
Preste bastante atenção em quem tenta desqualificar um candidato usando dados sobre sua vida íntima, ou seus credos, ou outra questão ligada à sua vida particular. A vida íntima de um candidato pertence exclusivamente a ele ou ela. Do contrário, é invasão de privacidade, gente! Não saio por aí falando mal do candidato x, que ele é isso, ou aquilo. Se falo contra algum candidato, é porque ele não tem propostas que me convençam, ou porque os seus ideais políticos não têm nada a ver com os meus. Ou porque suas práticas ferem minha expectativa por democracia e igualdade.
Queria ver mais debate de propostas, caros candidatos. Mas o que vejo é baixaria. O PSDB tem me dado pena. A Globo, a Veja e a Folha de São Paulo têm me dado nojo, com sua campanha anti-Brasil. Mas que bom que a gente pode se expressar através dos blogs, das páginas das redes sociais, dos e-mails. Viva a democracia!
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