Encontrei esse poeminha entre uns arquivos antigos; data de 1996 - ou '97, a memória me trai -. Lembro do momento exato em que ele me veio, dentro de um ônibus na Avenida Amazonas, em direção ao Nova Suíssa ou Jardim América, sabe-se lá Deus! Uma tarde. É engraçado como a memória registra algumas coisas de maneira indelével!... Bem, queria compartilhá-lo, afinal, decidi tirar da gaveta as coisas que já produzi, não quero saber dos lauréis, quero a alegria de compartilhá-las.
Viva a poesia, nesse mês em que Drummond faria aniversário! Beijos no coração de todo mundo, Biazinha.
P.S.: (10/10/2006) Consegui falar de um poema e publicar outro... A partir disso dá pra notar o meu grau de distração às vezes... Bem, o poema de que falo acima, que foi escrito em '97 (ano que fui checar e do qual tenho certeza agora), está correto agora. Tinha atribuído um milagre ao santo errado e quero redimir-me agora! (rsrs) Aos que leram "Solo para harpas" - postado anteriormente - saibam que é de 1994, ou '95. Um forte abraço no coração de todo mundo,
Bia.
BALADINHA PELO AMOR DO IMPERADOR
Enquanto ele não vem
enquanto isso
yo sólo quiero.
De quereres se
ergue essa tarde,
E no meio das brumas
há o qui-lo por amor dele.
Há o desejo circunspecto
o desejo velado
o desejo mudo - sem nome.
Enquanto esse tempo sem fim
não muda
a fuligem me corrói
às vésperas de feriado e dia santo.
O caos absoluto:
me deprimo
me consumo
me condeno.
Desejei ser Ícaro
Tentei teletransportação...
Adiantou?...
Ele se demora como os dias
de carnaval em qualquer canto
do interior,
o durante é da pior espécie
de tempo e espaço.
Não caibo nele
E minhas arestas e meus cabelos
ficam de fora, escapam ao vento
enquanto ele não vem.
Me afogo no sem fim das músicas urbanas
os sons, os ruídos, as melodias, as portas que
se abrem, a água que jorra e respinga.
Me afogo, sobretudo, nessa água.
Enquanto ele não volta,
o óbvio é que estou só.
Viva a poesia, nesse mês em que Drummond faria aniversário! Beijos no coração de todo mundo, Biazinha.
P.S.: (10/10/2006) Consegui falar de um poema e publicar outro... A partir disso dá pra notar o meu grau de distração às vezes... Bem, o poema de que falo acima, que foi escrito em '97 (ano que fui checar e do qual tenho certeza agora), está correto agora. Tinha atribuído um milagre ao santo errado e quero redimir-me agora! (rsrs) Aos que leram "Solo para harpas" - postado anteriormente - saibam que é de 1994, ou '95. Um forte abraço no coração de todo mundo,
Bia.
BALADINHA PELO AMOR DO IMPERADOR
Enquanto ele não vem
enquanto isso
yo sólo quiero.
De quereres se
ergue essa tarde,
E no meio das brumas
há o qui-lo por amor dele.
Há o desejo circunspecto
o desejo velado
o desejo mudo - sem nome.
Enquanto esse tempo sem fim
não muda
a fuligem me corrói
às vésperas de feriado e dia santo.
O caos absoluto:
me deprimo
me consumo
me condeno.
Desejei ser Ícaro
Tentei teletransportação...
Adiantou?...
Ele se demora como os dias
de carnaval em qualquer canto
do interior,
o durante é da pior espécie
de tempo e espaço.
Não caibo nele
E minhas arestas e meus cabelos
ficam de fora, escapam ao vento
enquanto ele não vem.
Me afogo no sem fim das músicas urbanas
os sons, os ruídos, as melodias, as portas que
se abrem, a água que jorra e respinga.
Me afogo, sobretudo, nessa água.
Enquanto ele não volta,
o óbvio é que estou só.
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