As ruas de Ouro Preto me levam a lugares metafóricos. A mulher decimonónica se sente feliz. Ladeiras e igrejas. Barroco de primeira e segunda fases. Poesia. O casarão incendiado deu lugar a um encantador café. Lugar cult. Lá, cruzei meus olhos com uns olhos do passado: Adolfo Lachtermacher. Cineasta carioca, amor platônico de 1995. Acontece em Ouro Preto a 1ª Mostra de Cinema de Ouro Preto. Foi um acaso. Ou uma coincidência.
Um desejo me consumiu durante o dia cheio de barroco e poesia: e não teve nada a ver com cinema e cineastas. Uns olhos me consomem, a memória de uma boca me consome. Queria publicar isso nos diários belorizontinos. Queria fazer voar uma faixa presa a um zeppelin. Mas é um desejo que se sabe só. Um desejo que mora numa rua cujo nome sei; sei, dolorosamente, como alcançá-lo. Sei teu código postal. Sei, sei. Que mais saberei? Nada.
"_Quem é você?
_Adivinha se gosta de mim!
Hoje os dois mascarados procuram os seus namorados perguntando assim...".
Somos dois mascarados na busca dos seus namorados. É a mesma fase, uma fase comum. Cegos pela busca, não olhamos ao nosso redor. Feridos pelos fantasmas, podemos nos perder um do outro. Tudo pode estar mais perto do que imaginamos. Mas não sabemos.
Eu escrevo hoje porque preciso que você leia. Preciso que você saiba que te quero, que não me sinto no direito de dizer nada, nada. Quero ser teu "livro de cabeceira", como em Greenway. Quero que você me respire inteira, como num verso hilstiano. Quero que você me ate a teu corpo e à tua cama, como em Almodóvar. Quero que você se perca e se encontre no meu corpo, nos meus caminhos. Não digo o teu nome porque você saberá que digo tudo isso para você. Que quero que você me fixe no teu corpo como uma tatuagem, como em nosso Chico.
Eu me perco no teu sorriso. Fico boba te ouvindo, encantada com essa descoberta. Eu te quero, eu te quero. Dou voltas na minha sede, como Drummond. Tenho sede, tenho mil fomes. Vou te raptar, te levo comigo pra um lugar que só eu sei, e você vai me amar...
"Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro."
Nessa madrugada insone, desejo tuas mãos, teu cheiro, tua boca, teu corpo quente. Desejo te amar infinita e intensamente. Todas as cartas de amor são ridículas e piegas, Pessoa. Pareço uma letra de canção brega. Sei disso. Mas não me furto o direito de te dizer o que me vai no peito; e publicamente. É preciso que seja publicamente. O blog é a minha "ponte dos suspiros": fico de cá suspirando meu gostar, e nem sei se conseguirei me aproximar de teu mundo...
Mas preciso que você saiba que:
- você me faz sonhar abraços;
- teu mundo desperta a astronauta em mim;
- adoraria viver uma história contigo;
- teu sorriso é um abismo adorável;
- você me transforma numa pessoa melhor;
- quero mergulhar em você;
- quero teu universo pra mim.
Sei que todas as cartas de amor são ridículas, mas perdoa a minha pena, precisava que essa mensagem chegasse ao teu mundo.
Amorosamente, tua.
Um desejo me consumiu durante o dia cheio de barroco e poesia: e não teve nada a ver com cinema e cineastas. Uns olhos me consomem, a memória de uma boca me consome. Queria publicar isso nos diários belorizontinos. Queria fazer voar uma faixa presa a um zeppelin. Mas é um desejo que se sabe só. Um desejo que mora numa rua cujo nome sei; sei, dolorosamente, como alcançá-lo. Sei teu código postal. Sei, sei. Que mais saberei? Nada.
"_Quem é você?
_Adivinha se gosta de mim!
Hoje os dois mascarados procuram os seus namorados perguntando assim...".
Somos dois mascarados na busca dos seus namorados. É a mesma fase, uma fase comum. Cegos pela busca, não olhamos ao nosso redor. Feridos pelos fantasmas, podemos nos perder um do outro. Tudo pode estar mais perto do que imaginamos. Mas não sabemos.
Eu escrevo hoje porque preciso que você leia. Preciso que você saiba que te quero, que não me sinto no direito de dizer nada, nada. Quero ser teu "livro de cabeceira", como em Greenway. Quero que você me respire inteira, como num verso hilstiano. Quero que você me ate a teu corpo e à tua cama, como em Almodóvar. Quero que você se perca e se encontre no meu corpo, nos meus caminhos. Não digo o teu nome porque você saberá que digo tudo isso para você. Que quero que você me fixe no teu corpo como uma tatuagem, como em nosso Chico.
Eu me perco no teu sorriso. Fico boba te ouvindo, encantada com essa descoberta. Eu te quero, eu te quero. Dou voltas na minha sede, como Drummond. Tenho sede, tenho mil fomes. Vou te raptar, te levo comigo pra um lugar que só eu sei, e você vai me amar...
"Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro."
Nessa madrugada insone, desejo tuas mãos, teu cheiro, tua boca, teu corpo quente. Desejo te amar infinita e intensamente. Todas as cartas de amor são ridículas e piegas, Pessoa. Pareço uma letra de canção brega. Sei disso. Mas não me furto o direito de te dizer o que me vai no peito; e publicamente. É preciso que seja publicamente. O blog é a minha "ponte dos suspiros": fico de cá suspirando meu gostar, e nem sei se conseguirei me aproximar de teu mundo...
Mas preciso que você saiba que:
- você me faz sonhar abraços;
- teu mundo desperta a astronauta em mim;
- adoraria viver uma história contigo;
- teu sorriso é um abismo adorável;
- você me transforma numa pessoa melhor;
- quero mergulhar em você;
- quero teu universo pra mim.
Sei que todas as cartas de amor são ridículas, mas perdoa a minha pena, precisava que essa mensagem chegasse ao teu mundo.
Amorosamente, tua.
Um comentário:
Das terras do ouro das terras douradas, perdi meu tesouro perdi minha amada?
Você é uma mulher maravilhosa, foi muito bom ter estado uns momentos ao teu lado.
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