terça-feira, outubro 02, 2012

Os esmaltes da minha avó

Eu vou confessar algo: desde que minha avó se foi, eu tenho usado as cores de esmalte de que ela gostava. Primeiro foi inconsciente, uma cor aqui, outra ali; depois eu me dei conta desse movimento em busca da essência da avó, da infância, do afeto, e assumi de vez essa tentativa de aproximação, de registro, de presentificar a avó saudosa.

As cores? São cores próximas ao rosa antigo, ao café com leite, ao acinzentado. E não há uma cor apenas, basta eu ver a cor e sei imediatamente se ela gostaria dela, e vou lá e compro. Claro que não é todo dia que compro esmaltes, mas essa busca tem sido uma constante nos últimos dois, três anos. É bonito de viver.





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