segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Nos últimos dias, tenho vivido experiências de vida e morte muito curiosas. Dentro de mim, cresce um bebê. Cresce, se move incessantemente, vibra como uma estrela brilhante no céu. Eu já o sinto, e isso me alegra muitíssimo! É a experiencia mais bonita e mágica que já vivi! Uma vida cresce dentro de mim, se nutre do meu sangue, do meu oxigênio, é, no mínimo, a coisa mais terna e mais doce que alguém pode vivenciar!

Em contrapartida, hoje, vivi uma experiência muito estranha relacionada com a morte. Telefonei para a clínica onde atendia um dos meus médicos. Eu comecei a me consultar com ele em 2008, e o visitava com frequência para um tratamento que realizei até mediados do ano passado. Em setembro, eu o vi por última vez, ele se mudou para outra clínica e o fim de ano fez com que eu só voltasse a procurá-lo hoje, para poder retomar as consultas esporádicas. Qual não foi minha surpresa ao ligar para a clínica e ouvir da secretária que ele havia falecido! Como assim "falecido"?!, perguntei, atônita, à moça. Ela repetiu: "Sim, faleceu, em outubro". Foi tão estranho ouvir isso!!... Como ele pode morrer sem me avisar??, era o estranho pensamento que passava pela minha cabeça. Como se a morte contasse com avisos, com despedidas, com letreiros de "vira à direita", "vira à esquerda"... Depois perguntei à moça de quê havia morrido, ela me disse que de um aneurisma, que ele havia começado naquela clínica havia poucos dias e então, aquela fatalidade... Nunca havia vivido algo assim, desliguei o telefone e abri o bocão a chorar... Era a sensação de haver sido abandonada pelo médico... E eu volto a repetir: muito estranho viver tudo isso.

E é a dança da vida: onde vida e morte se tocam em determinados pontos, e parece que uma voz diz "foi assim desde o começo dos tempos..." e isso me serve de consolo.

Nos últimos dias, pessoas da minha família também adoeceram e um tio avô faleceu... São as formas em que o milagre da vida se mostra, não é mesmo? É o equilíbrio eterno entre o perder e o ganhar...

Vou tentar fazer prevalecer a alegria de estar viva e a de que cresce dentro de mim o meu bebê!!!

Beijos, até a vista!

Um comentário:

Nelson Castillo disse...

Es exactamente así. La vida y la muerte van de la mano y se necesitan.

Lamento la muerte del médico.

De verdad te deseo que puedas disfrutar pronto de la vida que trajeron al mundo y que disfrutes mucho.

Un abrazo.