Tudo tem sido ausências em mim.
É como se um rio houvesse
Passado
E houvesse aberto
Um veio,
Como se meu corpo
Fosse madeira
Suspensa no tempo.
Em mim ouço os ecos
Que às vezes dá o silêncio.
Eu tenho sido
Como as ruas desertas
À meia-noite,
Quando já não passam carros,
Nem pedestres,
Nem nada.
Só há um silêncio como faca.
Na ausência, não me encontro
Não sei quem sou ao certo.
Eu só vejo um espelho
E dele, uma mulher me olha
Detidamente,
Como se quisesse me dizer algo.
Um comentário:
Lindo! Lindo! Você nunca é ausência, mas sempre presença.Beijim
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