quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Uns versos sem rima

Tudo tem sido ausências em mim.

É como se um rio houvesse

Passado

E houvesse aberto

Um veio,

Como se meu corpo

Fosse madeira

Suspensa no tempo.


Em mim ouço os ecos

Que às vezes dá o silêncio.


Eu tenho sido

Como as ruas desertas

À meia-noite,

Quando já não passam carros,

Nem pedestres,

Nem nada.

Só há um silêncio como faca.


Na ausência, não me encontro

Não sei quem sou ao certo.

Eu só vejo um espelho

E dele, uma mulher me olha

Detidamente,

Como se quisesse me dizer algo.

Um comentário:

Rosângela Bicalho disse...

Lindo! Lindo! Você nunca é ausência, mas sempre presença.Beijim