A noite mais insólita e divertida possível!

Imagem de Mistico, o lutador mais famoso da atualidade.

Ontem fiz o programa mais familiar da Cidade do México: fui à Luta Livre. O familiar não tem nada de irônico: vão famílias inteiras, com seus filhos pequenos; é como ir ao estádio de futebol no Brasil, ou à plaza de toros na Espanha: um gosto que se cultiva desde pequeno.

É um espetáculo que mistura circo, teatro, arena de luta. Alguns lutadores são verdadeiros comediantes, atores em pele de desafiadores de arena. É divertidíssimo!!! São duas horas e meia de luta, com cinco ciclos de lutadores, apresentados em ordem crescente de importância: os que estão em mais destaque no cartaz da Luta Livre se apresentam por último.

Fomos Apolo e eu, a convite do tio Armando e do seu filho, Rodrigo, super boa gente! Acho que queriam me apresentar outro lado da cidade e da cultura do país, e foi boníssima idéia, pois a-mei ter ido! É bacana conhecer aspectos da cultura que os circuitos turísticos tradicionais não trazem. E nesses lugares encontramos as pessoas reais, mergulhamos no mundo real da cidade, saímos do mundinho maquiado por onde normalmente circulam(os) os turistas.

O mais engraçado é que a Luta Livre tornou-se um espetáculo cult. Acho que principalmente por ser um evento quase teatral. Tudo é ensaiado, cronometrado, tem coreografias de saltos e golpes. É divertido ver as indumentárias, com seu figurino de gosto duvidoso, as máscaras sensacionais. É bruto, sim, ver homens grandões, enormes golpeando-se na arena; a sensação que se tem, ao princípio, é a de estar num circo romano. Mas depois da segunda luta, vemos que é pura cena o que há ali, e começamos a achar engraçados os insultos, e a maneira como se pegan os lutadores.

Vivi momentos divertidos sentada exatamente na fileira atrás de uma porra técnica, que nada mais é que a torcida organizada de um grupo de lutadores. Foi emocionante curtir a vibração deles, o barulho ensurdecedor que faziam com seus tambores e buzinas, com balões, spray de espuma, papel picado, gritos, refletores, gritos de incentivo aos lutadores. Aquilo era pura emoção!

Adorei a experiência, e estou amando mergulhar mais e mais na realidade mexicana. O México é um país maravilhoso!!!

Saudações e saudades,

Biazinha.