Poesia visual

Acho que já falei aqui da minha paixáo pela poesia visual. Simplesmente me fascina a possibilidade de representar graficamente a poesia das coisas. Até porque a poesia lança máo da brincadiera gráfica, e nisso difere, quase em totalidade, de outras formas textuais. Um poema busca associar seu conteúdo à maneira de ocupar a página, de utilizar os vazios da folha em branco para dizer com o silêncio. Escrevi sobre isso num artigo chamado Poesia performática, quando falei do silêncio da ditadura representado na poesia de Teresa Calderón. Era parte da minha escrita no Mestrado, falava da relaçáo poesia/política e queria mostrar a força contestadora que os espaços em branco assumem na poesia de Calderón.

Há muitos trabalhos bacanas de Poesia Visual. Muita coisa continua sendo feita. Até porque o mundo nunca foi táo visual, táo imagético. Vivemos na era da imagem e a poesia náo poderia fugir disso, já que é, das artes, uma das mais vanguardistas.

Descobri, através de uma revista eletrônica que adoro, a Escaner cultural, um artigo sobre a poesia visual no País Vasco, e me impressionou a força e a inventidade dos cataláes nessa representaçáo. Sáo trabalhos maravilhosos que gostaria de compartilhar aqui:

Ainize Txopitea

Fausto Grossi

Há outros também. Recomendo o artigo, inclusive. Aliás, recomendo a revista. Pode-se assina-la eletronicamente, é grátis.

Boa leitura, náo vou analisar nada hoje! Beijos!