segunda-feira, agosto 21, 2006

Nostalgias

Uma parte da nossa "pandilla" adorável (e linda!!!! esquerda p/direita): Natasha (Belgrado), Andrea (SP), Laura (Italia), euzinha, David (SP), Natasha (Minsk) e Marija (Belgrado). Amo vocês!!!

Algunos de los brasileños del Guadalupe: Tanea, Marta, Maristela, David, Andrea, Flávio (abaixado), Giuliana (Italia) e euzinha.


Algumas das minhas amigas: Alia(Egito), Sally(Egito), Chanez(Argélia), Maha (Egito) e Hema(Índia).


Os brasileiros ensinaram a palavra saudade aos de outros cantos do mundo, lá na estância em Madri. Demos a nossa contribuição lingüístico-afetiva às lembranças que todos levariam de lá aos seus mundos. De volta aos seus países, às suas casas e histórias, todos escrevem cartas onde se lê, em destaque, a doçura de um "sinto saudades", ou "saudades de você". A saudade é coletiva. Foi uma experiência belíssima. Nunca senti tanta nostalgia como nesse inverno brasileiro de 2006! Desejei milhares de vezes que fosse novamente 2005, que fosse o Guadalupe, com suas escadas, corredores, a cafetería, el comedor. Quis ter ido à Gaviria com os meus amigos, quis ter perdido 60 noites na boa companhia dos meus amados amigos guadalupianos!!... Quis o Parque do Oeste, com suas histórias divertidas, as ruas sempre-em-obras de uma Madri quente e empoeirada... As caminhadas pelas ruas planas. Os amigos, os amigos de tantos credos, tantas geografias adoráveis!... Penso no sorriso sempre amplo e sincero de Mariama, por exemplo. Na nossa pandilha, na nossa adorável pandilha (Marija, Natasha/Bielorusia, Natasha/Servia, David, Adriana, Andrea, Laura, Giuliana, Chanez, Tanea...), as idas à piscina, à Madrid de los Austrias, os tantos modos de buscar a essência daquela cidade incrível. Nossas excursões e incursões, nosso mergulho na História, na poesia, nas intensidades espanholas...
O que me faz verdadeira falta são as pessoas. Não adiantaria ter Madri e não ter os meus amigos lá. Seria como voltar a um salão vazio, onde antes houvesse ocorrido um lindo baile de máscaras. As aulas às vezes tão cansativas, as amolações do professor Sánchez Lobato... Tudo faz falta nesse um ano. Há um ano eram as temperaturas altas da Espanha, o quarto onde habitei dois meses intensos, onde escrevi contos, recebi amigos para conversas de saudade e compartilhar.
Ganhei de presente um outro modo de habitar o mundo, em dois meses na Espanha. Passei a respeitar e amar os muçulmanos, conheci amigos de países que viveram guerras separatistas recentes, descobri o continente africano através de gente tão nobre, tão inteligente, tão boa!!! Tive conversas riquíssimas com gente tão maravilhosa, que nem posso acreditar! Fecho os olhos e estou novamente lá: vejo tudo, todos, as filas para las comidas, as nossas idas e vindas por Moncloa, as descobertas da vida espanhola e dos espanhóis.

Madri foi um pedaço importantíssimo do meu crescimento como ser humano. Sou muito melhor hoje, graças às experiências que vivi ali. Sinto-me mais tolerante, respeito mais ainda as diferenças, sejam elas da natureza que forem. E tenho saudades. Saudades intensas. Queria que meus amigos lessem esse texto. Alguns perderiam alguns detalhes, por estar escrita em português. Mas que bom poder falar dessa ausência. Parece que dói menos, que fica mais leve. Julho e agosto foram e têm sido dois meses difíceis para mim. Acordo e durmo pensando na Espanha. Pensando em cada carinha que me cativou naquele Guadalupe. Um dia nos veremos de novo, amigos. Lá, aqui, acolá. Algures. Irei à África (em especial ao Cairo, a Dakar e a Argel), irei à Belgrado, a Minsk, a São Petersburgo, a Yerevan, a Tbilisi. Um dia nos abraçaremos de novo. E vou adorar rever minhas amigas lindas da Armênia, minha amiga Maia da Georgia, a Camila, que agora mora em Londres, as lindas e doces garotas egípcias, em especial a Marwa, a Sally -minha querida companheira de viagem a Barcelona -, a Cherine..., tanta gente preciosa!

Fiquem com todas as forças boas desse planeta, amigos! Fiquem com as muitas maneiras que vocês têm de ver o Criador!
Amo muito todos e todas, recebam meu abraço cheio de SAUDADES e de muita nostalgia!
Beijos no coração de todos e todas,
Fabiana. La linda del Guadalupe (coisas do senhor Melo.... rsrs).


Um comentário:

Anônimo disse...

ah, bia, traduz pro espanhol, se não ninguém vai ler.

=)