Trinta anos. (E com dor de garganta. Talvez para não ter que dizer coisas importantes.) Trinta anos, mas com a curiosidade dos quinze. É um luxo ter curiosidade e maturidade. Fiz trinta anos e me sinto feliz, nunca fui tão mulher. Emana de mim uma força que ainda preciso compreender, ainda está em fase de elaboração. Minha mulher de trinta está deitada no divã. Olha-me de lado, me sorri como quem me diz que não tenha pressa, que a vida se constrói vivendo. Não há outro jeito. Sinto-me livre, como se eu fosse pássaro. A liberdade. A liberdade!... Musa tantas vezes cantada!
Essa mulher treintañera tem uma mochila vermelha, um cantil, alguns livros de bolso e muitos desejos. Vai pela estrada colecionando sonhos, conhecendo recantos do caminho, (re)conhecendo-se devagarinho. Ela quer encontrar a si mesma encontrando outras pessoas. Tudo é processo, tudo é ir.
São 360 meses reunindo a matéria de uma vida. E nunca estará completa. E sempre haverá amores por viver, caminhos por trilhar, dias por esperar e ver morrer, horas para amar, livros para ler e escrever, cenas para delirar, olhares com os quais cruzar, vida por pulsar... Sempre o sempre.
O desejo de ser é o mais importante de mim. Ser com. Aos trinta anos quero ser feliz. Quero ser amada. Quero ser mais e mais mulher. Aos trinta anos quero ser intensa e poética, leve e profunda, conto e epopéia. Quero sentir em mim o vento que sopra em MontJuic e nos Andes, nas serras do Periperi e do Curral, e em muitas outras partes que não é preciso dizer.
Uma idade que me fascina porque sinto-me num lugar em que me sei. E o que ainda desconheço abre-se como um caminho belo, cheio de árvores e pássaros. Eu vou seguir, Afonso Félix.
Essa mulher treintañera tem uma mochila vermelha, um cantil, alguns livros de bolso e muitos desejos. Vai pela estrada colecionando sonhos, conhecendo recantos do caminho, (re)conhecendo-se devagarinho. Ela quer encontrar a si mesma encontrando outras pessoas. Tudo é processo, tudo é ir.
São 360 meses reunindo a matéria de uma vida. E nunca estará completa. E sempre haverá amores por viver, caminhos por trilhar, dias por esperar e ver morrer, horas para amar, livros para ler e escrever, cenas para delirar, olhares com os quais cruzar, vida por pulsar... Sempre o sempre.
O desejo de ser é o mais importante de mim. Ser com. Aos trinta anos quero ser feliz. Quero ser amada. Quero ser mais e mais mulher. Aos trinta anos quero ser intensa e poética, leve e profunda, conto e epopéia. Quero sentir em mim o vento que sopra em MontJuic e nos Andes, nas serras do Periperi e do Curral, e em muitas outras partes que não é preciso dizer.
Uma idade que me fascina porque sinto-me num lugar em que me sei. E o que ainda desconheço abre-se como um caminho belo, cheio de árvores e pássaros. Eu vou seguir, Afonso Félix.
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