
Estou apaixonada por um livro. A minha história com ele começou com uma ida ao supermercado. Meu pai havia ido comprar pneus, e eu aproveitei para dar uma passeada pela seção "bazar", onde ficam os livros, filmes e cds. Primeiro bisbilhotei entre os cds, onde encontrei uma cópia de Fargo a módicos R$7,17, o que me fez abraçar o devedê. (Apolo havia me iniciado na filmografia dos irmãos Coen, com uma sessão de No country for old men [Onde os fracos não têm vez], que havíamos comprado numa cidadezinha de Oaxaca, quando estivemos lá no mês de março.) Em seguida, dei uma passada pela banca de livros a R$9,90, havia puros títulos de Paulo Coelho, blergh! Não desisti. Continuei futucando entre as pilhas de livros, e do meio deles surgiu a capa de Noite do Oráculo, de Paul Auster.
Aqui, inauguro um parágrafo especial. Paul Auster é o meu escritor norteamericano favorito. Dele, havia lido No país das últimas coisas, livro que me trouxe uma escrita nova, com temáticas que me interessaram muitíssimo; sempre flertei também com A Trilogia de Nova York, apesar de nunca tê-lo comprado. Encontrar, entre os títulos de Coelho, Noite do Oráculo significou que nem tudo estava perdido entre as distâncias geográficas do meu lindo e amado país. Também me deu a certeza de que ninguém conhecia Paul Auster como se deveria.
O livro fala de um escritor que volta a escrever depois de um longo período em que esteve doente, hospitalizado. Pareceu-me uma Mise en abîme deliciosa, pois leio um Paul Auster que escreve sobre outro escritor, que por sua vez escreve sobre o processo da escrita e da leitura. É como um fractal, cujas partes repetem, com verossimilitude, a figura maior. Amo a metalinguagem quando é bem utilizada. E não esperaria menos de Auster.
Em relação à cara da edição brasileira, a sobrecapa recria a capa do caderno português usado por Sidney Orr, o personagem-escritor de Auster: uma sobrecapa realizada em papel canelado azul, que imita o tecido que recobre o caderno comprado em uma papelaria chinesa. Adorei o aspecto cuidadoso, é como se eu tomasse nas mãos o caderno de Orr e lesse seu manuscrito. A ficção se mistura ao real na forma do livro, e dá prazer ao leitor esse detalhe.
Aqui, inauguro um parágrafo especial. Paul Auster é o meu escritor norteamericano favorito. Dele, havia lido No país das últimas coisas, livro que me trouxe uma escrita nova, com temáticas que me interessaram muitíssimo; sempre flertei também com A Trilogia de Nova York, apesar de nunca tê-lo comprado. Encontrar, entre os títulos de Coelho, Noite do Oráculo significou que nem tudo estava perdido entre as distâncias geográficas do meu lindo e amado país. Também me deu a certeza de que ninguém conhecia Paul Auster como se deveria.
O livro fala de um escritor que volta a escrever depois de um longo período em que esteve doente, hospitalizado. Pareceu-me uma Mise en abîme deliciosa, pois leio um Paul Auster que escreve sobre outro escritor, que por sua vez escreve sobre o processo da escrita e da leitura. É como um fractal, cujas partes repetem, com verossimilitude, a figura maior. Amo a metalinguagem quando é bem utilizada. E não esperaria menos de Auster.
Em relação à cara da edição brasileira, a sobrecapa recria a capa do caderno português usado por Sidney Orr, o personagem-escritor de Auster: uma sobrecapa realizada em papel canelado azul, que imita o tecido que recobre o caderno comprado em uma papelaria chinesa. Adorei o aspecto cuidadoso, é como se eu tomasse nas mãos o caderno de Orr e lesse seu manuscrito. A ficção se mistura ao real na forma do livro, e dá prazer ao leitor esse detalhe.
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