segunda-feira, novembro 05, 2007

Diálogos cibernéticos

Ler o blog da Flavinha ajuda a poetizar meu dia. Sim, Flavinha, vc tinha que escrever mais vezes. Mas quem sou eu para querer mudar a sua temporalidade? A minha anda o caos absoluto. Eu podia comentar suas postagens lá, no amarelando, mas eu vim faze-lo aqui, porque sei que algum dia perdido desses vai que voce entra e saberá que eu o li e quis sentar num boteco para discutir essas idéias táo boas que saem da sua cacholeta. Faz muito calor nessa cidade. Eu náo consigo ter muitas idéias no calor. Se eu fosse morar em Salvador, sem dúvidas eu seria uma inerte intelectualmente, minhas idéias se atrofiam com o danado, elas náo conseguem se juntar...
Eu queria contar que no dia em que vi Tropa de Elite só consegui desligarquando já eram duas da manhá. E era mesmo preciso sentar e tomar uma cerveja para ver de outro jeito tudo aquilo. Ando por aí tentando difamar a violencia para ver se as coisas melhoram um tiquinho.
Os filmes que estavam no Usina na semana passada eram muito fraquinhos... Fui ver quatro, nenhum valeu a pena de verdade. Saí indignada da sessáo com a Michelle Pfeiffer, as mesmas baboseiras sobre genero e os mesmos preconceitos contra a mulher e envelhecer. Uma bosta, enfim. (Tenho usado muitas palavras da contra-cultura, ou do mundo nao-polido das Letras; quero que todas as palavras me pertencam, tenho licenca poética. - mas náo tenho til, nem cedilha, nem circunflexo nesse teclado alheio -.)
Eu entendo, Flavinha, voce chamar o Freud de machista. Eu fiz isso na minha dissertacáo, mas ninguém me deu bola. Hoje acho que meio que fiz as pazes com o bigodudo, eu acho que ele até falou coisas que posso aproveitar. Mas que ele era misógino, ah, isso ele era. Ou como se explicaria o fato de nos fazer conscientes da histeria humana através das pobres pacientes que íam a seu consultório? E a histeria, bom... melhor mudar de tema.
Novembro chega com seu calor tropical. Tenho desejado um mar ali na esquina, dessas vezes em que se caminha um pouco e se tem o azul derramando-se diante dos olhos... Ando com nostalgias de Iemanjá, de coqueiros, de barcos ancorados na praia. Talvez eu quisesse ser peixe.
Agradecida, Flavinha, por esse dedim de prosa. Vamos marcar qualquer bebida fresca, estou aguardando.

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