

É engraçado. É mesmo engraçado. Em 1947, Simone de Beauvoir escrevia cartas de amor a Nelson Algren, e elas voavam até Nova York, depois chegavam a Chicago, onde eram lidas náo com menos amor com que eram escritas. Exatos sessenta anos depois, escrevo emails de amor ao Sr. Osornio, e eles viajam via fibra ótica até a Cidade do México. Se fossem sessenta anos atrás, eu teria que esperar muitos dias por cartas do meu amado...
Estou lendos as cartas de amor trocadas entre Simone e Algren. Leio a conta-gotas, antes de dormir, já na cama. Quero protelar ao máximo essa leitura, tenho pena de que esse livro acabe de ser lido, pois é lindo. Além do elemento amoroso, que me é muito familiar no meu amor transcontinental, há as impressóes dessa figura que me é táo cara sobre Paris, Londres, Estados Unidos, Copenhague, etc; sobre pessoas, acontecimentos, toda uma época e suas transformaçóes. Simone fala de uma Europa pós-guerra e seu olhar me aproxima desse mundo que náo conheci. É mesmo engraçado ver a mulher de carne e osso por detrás da filósofa e da escritora.

Vejo, nas cartas de Simone a Algren, toda a intensidade amorosa que vejo em meus emails e cartas a meu amado. Ou seja: a essência dos relacionamentos forçados a viverem à distância (momentânea ou eternamente) é a mesma. Fica a saudade. Tenho vontade de copiar longos trechos aqui, talvez eu o faça depois. Leio as cartas de Simone a Algren com um ar quase solene, de profundo respeito por cada palavra. Talvez náo me sinta confortável em copiar aqui os trechos que quero, talvez me sinta como que profanando um amor...
*************************
Bom, passei mais de uma hora conectada à internet, devo ir cuidar de outras coisas que sáo muito importantes também.
*************************
Náo resisto. Copio um trecho que tem muito a ver com o que estou vivendo hoje:
" Quinta-feira, 31 de julho [de 1947]
Meu bem-amado, meu marido querido. Seu telegrama me acordou essa manhá, e meu coraçáo se acelerou, como se você tivesse batido pessoalmente à minha porta. Quando eu o vir de novo, acho que minhas pernas e meu coraçáo me faltaráo, porque só de pensar, quase desmaio. Estou táo feliz, Nelson. Agora você sabe que dentro de cinco semanas tornarei a beijá-lo, e isso parece um sonho. Náo tenho mais nada a acrescentar, porque estou táo ansiosa com a idéia de vê-lo que o prazer de escrever se extinguiu: eu só quero falar com você. (...)"
*************************
God bless Love...
Estou lendos as cartas de amor trocadas entre Simone e Algren. Leio a conta-gotas, antes de dormir, já na cama. Quero protelar ao máximo essa leitura, tenho pena de que esse livro acabe de ser lido, pois é lindo. Além do elemento amoroso, que me é muito familiar no meu amor transcontinental, há as impressóes dessa figura que me é táo cara sobre Paris, Londres, Estados Unidos, Copenhague, etc; sobre pessoas, acontecimentos, toda uma época e suas transformaçóes. Simone fala de uma Europa pós-guerra e seu olhar me aproxima desse mundo que náo conheci. É mesmo engraçado ver a mulher de carne e osso por detrás da filósofa e da escritora.

Vejo, nas cartas de Simone a Algren, toda a intensidade amorosa que vejo em meus emails e cartas a meu amado. Ou seja: a essência dos relacionamentos forçados a viverem à distância (momentânea ou eternamente) é a mesma. Fica a saudade. Tenho vontade de copiar longos trechos aqui, talvez eu o faça depois. Leio as cartas de Simone a Algren com um ar quase solene, de profundo respeito por cada palavra. Talvez náo me sinta confortável em copiar aqui os trechos que quero, talvez me sinta como que profanando um amor...
*************************
Bom, passei mais de uma hora conectada à internet, devo ir cuidar de outras coisas que sáo muito importantes também.
*************************
Náo resisto. Copio um trecho que tem muito a ver com o que estou vivendo hoje:
" Quinta-feira, 31 de julho [de 1947]
Meu bem-amado, meu marido querido. Seu telegrama me acordou essa manhá, e meu coraçáo se acelerou, como se você tivesse batido pessoalmente à minha porta. Quando eu o vir de novo, acho que minhas pernas e meu coraçáo me faltaráo, porque só de pensar, quase desmaio. Estou táo feliz, Nelson. Agora você sabe que dentro de cinco semanas tornarei a beijá-lo, e isso parece um sonho. Náo tenho mais nada a acrescentar, porque estou táo ansiosa com a idéia de vê-lo que o prazer de escrever se extinguiu: eu só quero falar com você. (...)"
*************************
God bless Love...
Nenhum comentário:
Postar um comentário