
O amor faz nascer linguagens híbridas. Se alguém já amou um estrangeiro, sabe bem do que estou falando. As palavras se buscam no ar, tentando o diálogo entre seus fonemas, e náo se reconhecem a princípio. Aos poucos, de tanto serem pronunciadas, elas se misturam, tomam-se partes umas das outras, e nascem os híbridos amorosos. Nenhum lingüista daria conta disso, exceto os que já amaram alguém em outra língua. As línguas estrangeiras passam, entáo, de bárbaras a cativas, e os amantes tomam coisas daqui e de lá, e, magicamente, se comunicam.
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