Tem uma música que sempre está comigo. E ela me transporta pra Lisboa. Pego-me a caminhar pelas ruelas do Alfama, subindo e descendo escadarias, observando varais, vendo as minúsculas portas lusitanas desse bairro. Uma nostalgia atávica, suponho, porque um pedaço da minha alma é português, e descobri isso em setembro de 2005. Vem das ruas ladeiradas de Lisboa a minha melancolia, o meu ser poeta. Alfama, Alfama... Se eu fosse morar em Lisboa, tinha que ser lá!
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Ontem fui ao cinema por acaso. Tinha saído para ir ao banco, dei com o banco já fechado, e, como vício que me cerca, dei uma passada pelo cinema... Quem encontro? Valico, sim, meu queridíssimo amigo Valico. Queria ver Café da manhã em Plutão, mas se tivesse que esperar meia hora sozinha não teria me animado a ficar: tinha que escrever algo da peça, precisava dormir, meu torcicolo (que já está de partida, graças aos deuses!) tinha deixado minhas costas tensas e doloridas. Então tive as agradabilíssimas companhias dele e do Fabiano para essa incursão irlandesa. Café da manhã... é do Neil Jordan, mesmo diretor de Traídos pelo desejo e Fim de caso, dois filmes que acho ótimos. Um roteiro primoroso, uma atuação colossal de Cillian Murphy. Achei maravilhoso, maravilhoso.
Um roteiro de dar inveja. Falas tão poéticas! Um homem em busca de uma mãe. Em busca de si mesmo. Matoso o havia visto na sexta e o comentário que me fez foi de que era um "Almodóvar irlandês". Tem, sim, alguma semelhança com Almodóvar, mas eu o aproximaria também de filmes como O casamento de Muriel e de Priscila - a rainha do deserto. É uma estética divertida e suave. Tem a descontração que deveria haver em todos os dramas. Me fascinou a discussão sobre ir em busca dos sonhos, como Patrick (ou Patricia) tem uma dose de ingenuidade e sabedoria. É um personagem absurdamente humano.
Bom, começo a viver essa terça-feira tão especial com essas duas paixões: Alfama e cinema. Espero que a terça cumpra suas promessas de encontros e emoções. Au revoir, mes amis.
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Ontem fui ao cinema por acaso. Tinha saído para ir ao banco, dei com o banco já fechado, e, como vício que me cerca, dei uma passada pelo cinema... Quem encontro? Valico, sim, meu queridíssimo amigo Valico. Queria ver Café da manhã em Plutão, mas se tivesse que esperar meia hora sozinha não teria me animado a ficar: tinha que escrever algo da peça, precisava dormir, meu torcicolo (que já está de partida, graças aos deuses!) tinha deixado minhas costas tensas e doloridas. Então tive as agradabilíssimas companhias dele e do Fabiano para essa incursão irlandesa. Café da manhã... é do Neil Jordan, mesmo diretor de Traídos pelo desejo e Fim de caso, dois filmes que acho ótimos. Um roteiro primoroso, uma atuação colossal de Cillian Murphy. Achei maravilhoso, maravilhoso.

Bom, começo a viver essa terça-feira tão especial com essas duas paixões: Alfama e cinema. Espero que a terça cumpra suas promessas de encontros e emoções. Au revoir, mes amis.
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