domingo, novembro 12, 2006

C'est froid!

Faz frio em BH, parece inverno. O tempo anda louco... Rogério e Rebeca pegaram estrada há pouco de volta a Conquista. A casa sempre fica vazia quando as visitas vão embora, mas a vida é isso mesmo. Rebeca trouxe o livro de Samuel!! Uma dedicatória linda, tenho que agradecer-lhe pessoalmente ainda! É estranho ler um prefácio escrito por mim, ainda mais porque meu senso de auto-crítica me bombardeia: vejo todos os defeitos possíveis no texto, poderia ter sido 200 mil vezes melhor, etc, etc, etc. Mas deixa. Deixa pro próximo livro (dele, ou de outrem) agora... ;) Os textos sempre sempre sempre podem ser melhores do que o que conseguimos fazer. Sempre. (Vide monografias em geral...). Se fosse num papo com o Dr. Sigmund, ele diria: a linguagem sempre nos trairá. Por isso não conseguimos dizer exatamente aquilo que gostaríamos, ou acabamos revelando coisas que não planejávamos (os famosos - e muitas vezes embaraçosos - atos falhos...). Escrever é revelar e esconder coisas. É um abrir e fechar portas. Por isso o trabalho do escritor é doloroso (acho que falei disso ontem, com essa palavra: doloroso). Causa dor o não conseguir controlar as próprias palavras. Então nos deparamos com a velha dificuldade do ser humano: a imensa necessidade de controlar as coisas, de que tudo seja previsível, que tudo possa ser manipulado. E o imprevisível? E os elementos-surpresa? Todo mundo MORRE DE MEDO do imprevisível.

Queria deixar essa música do Tom Zé para o dia de hoje. Ando com um pé na frente e outro atrás. Tenho tido medo de gostar das pessoas, mas sigo, a despeito do medo. Acho que estou amadurecendo assustadoramente nesse ano. Deixa eu ir porque recebi um convite muito especial e ir-re-cu-sá-vel para almoçar. Bon jour a tous mes amis!

Biazinha.



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